Copa Presidente Erton Coelho Queiroz

Sobre o Presidente Érton Coelho Queiróz

 

 

Erton Coelho Queiroz

 

Após anos de renúncias e sacrifícios, o Esporte Clube Pinheiros explodiu na década de 80 com a inauguração da portentosa sede social da avenida Kennedy, do estádio da Vila Olímpica do Boqueirão e com a ascensão do time de futebol que despontou como maior rival da dupla Atletiba.

Coincidentemente com a boa fase do clube surgiu uma figura que acabou entrando para a sua história não só pela grande capacidade de trabalho, visão e arrojo como pela morte súbita no auge de sua carreira: Erton Coelho Queiroz.

Quando ele assumiu a presidência do Pinheiros, o time profissional estava na 2ª Divisão do Campeonato Paranaense. Ele reuniu-se com os diretores Auracyr Azevedo de Moura Cordeiro, Aramis Tissot, João Dirceu Déa, Raul Passos e com o supervisor Luis Carlos Casagrande, o Casinha, e deu a palavra de ordem: “Vamos voltar à 1ª Divisão de qualquer jeito!”

Ao mesmo tempo que o clube inaugurava o Parque Social e Recreativo Orestes Thá, na avenida Kennedy, o clube adquiria a área do Boqueirão para a construção do estádio da Vila Olímpica reestruturava-se o departamento de futebol profissional visando os anos dourados do time no campeonato. À frente de tudo o dinâmico presidente Erton Coelho Queiroz.

Subida

A subida para a 1ª Divisão deu-se com grande sacrifício e graças ao talento e à força de vontade dos profissionais contratados. A começar pelo técnico Ronaldo Augusto Borba, o Borba Filho, um elemento fundamental nas duas principais conquistas do Pinheiros em sua existência: o título de campeão da segundona de 82 e o seu primeiro título de campeão da 1ª Divisão em 1984.

Foi uma campanha árdua: 16 jogos, 1 derrota, 2 empates e 13 vitórias. Foram marcados 32 gols e sofridos apenas 7. O jogo decisivo aconteceu no dia 7 de novembro de 82: Pinheiros 2X0 no União de Beltrão. Vários jogadores pratas da casa foram lançados nesta vitoriosa campanha tais como Osni, Norberto, Ademir, Dantas, Alarcon, Walter, Maurício, mesclados a elementos experientes como Cícero, Dionísio, Zé Luiz, Doquinha e outros.

Campeão

Em 84 o primeiro título de campeão da 1ª Divisão, graças a um profundo trabalho realizado na base da equipe, para o qual o Presidente Erton Coelho Queiroz requisitou a colaboração de vários profissionais, com destaque para o professor Munir Calluf, que reestruturou o setor.

Na conquista do título a alegria da vitória e do objetivo alcançado: o Pinheiros passou a ser o clube mais poderoso do Estado do Paraná, com o maior número de sócios pagantes, com múltiplas atividades, com uma geração de jogadores revelados em casa e a faixa de campeão no peito. Valeu o sacrifício dos velhos italianos do Savóia e do Água Verde. O Pinheiros passou a ser uma realidade. Mais do que isso, a comprovação do seu “poder de realização”.

Estádio

Com a inauguração do estádio da Vila Olímpica – que depois da morte do presidente ganhou o nome de estádio Erton Coelho Queiroz – no dia 7 de setembro de 1983 com o jogo Pinheiros 1X0 Coritiba, gol de Toninho Vieira, o clube passou a mandar a maioria dos seus compromissos lá. Hoje é o Centro de Treinamento do Paraná Clube.

O Pinheiros foi vice-campeão em 85 e 86, voltou a ser campeão em 1987, mas daí sem o grande presidente. Reeleito para o terceiro mandato, numa comprovação evidente de sua capacidade de trabalho e grande prestígio junto ao corpo associativo. Erton foi colhido pela fatalidade. Um infarto tirou-lhe a vida aos 47 anos. Foi uma perda lamentável para sua família, para o Pinheiros e para o esporte paranaense.

Surpreendido no apogeu da vida, ele singrou as vastas águas da morte sem qualquer esforço, sem medo delas, embarcando na coragem de ser o que assinalara como homem de ação, determinação e destemor.

 

Fonte: O Vôo Certo – Carneiro Neto

 

 

 

 


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